Discurso de Posse de Rosa Pena na AIP - Academia Internacional Poetrix, cadeira 21
Gabriel García Marques, em uma pérola intitulada “O amor nos tempos do cólera” me transporta ao atual momento. Estou recebendo uma carícia em tempos de pandemia.Obrigada Goulart Gomes por me acreditar poeta. A gratidão enriquece quem a recebe sem empobrecer quem a oferece.Sempre me considerei uma contista, cronista.Um dos meus autores preferidos foi e é, desde muito cedo Eduardo Galeano escritor e jornalista uruguaio. (1940-2015). Nele encontrava a síntese que buscava para escrever um conto: “A noite”Eu adormeço às margens de uma mulher:eu adormeço às margens de um abismo.
(Eduardo Galeano/ Livro dos Abraços 1989)
Foi assim que tive a coragem de lançar meu primeiro livro de contos em 2002, onde cada história tinha no máximo vinte linhas.Considero que foi muito bem aceito e veio o segundo, o terceiro, o quarto. Todos na mesma linha. Pequenos contos e crônicas concisas. Comecei a escrever poemas breves, mas cobertos de lirismo como esse mini do meu patrono:
“O adeus dos sonhos”Os sonhos iam viajar. Helena ia até a estação do trem. Da plataforma, dizia adeus aos sonhos com um lencinho.
(Eduardo Galeano)
Tomei a coragem junto com a vontade, de vez, em 2004. Fiz o prefácio de meu livro UI!O bigode é o prefácio do orgasmo. (Rosa Pena).Ali nascia definitivamente uma escritora que amava o minimalismo.Dei vazão ao meu lirismo poético no Poetrix.
“Eu e o Galeano somos apenas “Latino-americanos sem dinheiro no banco sem parentes importantes”.Mas cheios de amor.Anorexia AmorosaRosa Pena
Sem peso
Sem medidaSeca de saudadeswww.rosapena.comhttp://velhaguerreira.blogspot.com/
Academia Poetrix e Rosa Pena
Enviado por Academia Poetrix em 27/07/2020
Alterado em 03/08/2020